sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Review Guns N' Roses

23h de 06.10.2010 - 2h de 07.10.2010 - as melhores três horas de toda a minha vida.
Não consigo arranjar palavras para descrever a qualidade do concerto, só quem lá esteve sabe o que sentiu, o que ouviu, o que viveu. Adorava que o concerto tivesse sido gravado em DVD, e tenho a certeza que mais uma vez o público português fez suficiente para tal. Porque é que será que todas as bandas adoram tocar para nós? Porque puxamos por elas ao máximo, e eles retribuiem-nos com os clássicos e as brincadeiras que todos queremos ouvir. Prova disso foi este grandioso concerto dos Guns N' Roses. Mas já lá vamos...
A banda de abertura foi Sebastian Bach (ex vocalista dos Skid Row). Não conhecia o trabalho a solo do Sebastian, apenas nos Skid row, mas parece que o mesmo não se passava com as primeiras filas que durante toda a actuação vibraram e acompanharam as músicas. Algumas fãs vibraram tanto que já não aguentavam o calor, e esta foto é prova disso:
Também está um vídeo no youtube. Estava-se mesmo a ver que com isto, os que estavam próximos deixaram de tomar atenção ao palco, e focaram as atenções neste outro espectáculo. Continuando, acabaram a actuação ás 21h30min, e o público estava mais que pronto para o grande momento da noite. O que não estavam a contar era ter de esperar cerca de uma hora e meia para tal, mas já se sabe que a pontualidade, melhor dito, falta dela, é uma das imagens de marca dos Guns N' Roses.
Finalmente, ás 22h58min a escuridão tomou o Pavilhão Atlântico durante breves segundos até as máquinas fotográficas lhe darem novamente um brilho, e desta vez todos sabiam o que se seguia. As primeiras notas musicais fizeram-se ouvir. A banda de Los Angeles entrou em palco com "Chinese Democracy" e aos acordes distorcidos seguiram-se uns efeitos inesperados , que levaram imediatamente a uma reacção na plateia.
 
Mas esta abertura não convenceu, e foi o clássico Welcome To The Jungle que acordou verdadeiramente os fãs que ainda não se tinham revelado.
Ao longo da noite foram interpretados todos os grandes clássicos, como It's So Easy, Mr. Brownstone, Live And Let Die, You Could Be Mine, intercaladas com trabalhos do álbum mais recente, Sorry, Shackler's Revenge, Street Of Dreams, entre outras. Ainda assim, os momentos altos da noite ainda estavam para vir, quando após uma grande prestação instrumental do guitarrista DJ Ashbad, se fizeram ouvir as primeiras notas daquela que é provavelmente a mais reconhecida obra da banda. Todo o Pavilhão Atlântico identificara a música. Claro que estou a falar de Sweet Child O' Mine.
Uma pequena pausa, o desligar das luzes, a sonoridade dos aplausos. Afinal de contas, e apesar de não serem os mesmos Guns N' Roses de há quinze anos, provaram que ainda conseguem encher arenas e proporcionar espectáculos memoráveis.
A partir daqui e durante os próximos minutos, Lisboa foi transportada para os tempos de ouro do Rock n' Roll, os tempos de ouro dos Guns N' Roses, e para surpresa de uns, espanto de todos os outros, os tempos de ouro de Pink Floyd. A banda de Hard Rock interpretou a música lendária que todos nós conhecemos. Another Brick In The Wall, entoada em uníssono por toda a multidão abriu portas para um magnifico instrumental de piano vindo dos dedos de Axl Rose que por sua vez, compasso a compasso, se foi aproximando mais do clímax. E esse clímax chegou depois de um olhar sereno sobre a multidão, com aquilo que todos mais queriam escutar. A introdução de piano da épica November Rain só podia ser seguida da euforia do público.

Um desempenho fenomenal, que seguido de mais um instrumental desta vez pelas mãos de  Bumblefoot, que rapidamente foi reconhecido como sendo o tema da Pantera Cor de Rosa, numa versão tipicamente à Guns N' Roses, em jeito de puro Hard Rock. As últimas baladas da noite começaram com a tão reconhecida Knocking On Heaven's Door, , que apesar da paz e tranquilidade não deixou ninguém indiferente. 
 
De volta à terra, Lisboa via chegar o final da noite e para tristeza de todos assim se deu início ao Encore, contando com palavras de força, como é exemplo Don't Cry.
 
Lisboa foi sem dúvida do início ao fim da noite o paraíso do Rock... todos sabiam o que estava a faltar para acabar da melhor maneira o melhor concerto do ano, e mais uma vez o público acompanhou até à exaustão ao som de Paradise City, afirmando com toda a certeza que era aí mesmo que se encontrava.

E assim, Axl Rose e o seu grupo voltaram a dar que falar, e ficarão por muito tempo nas recordações de todos os fãs que presenciaram esta grande noite. 
Deixo agora algumas fotos do concerto, mais tarde colocarei mais.

3 comentários:

  1. Muitos parabens João Pedro, esta é a primeira de muitas reviews que li com a qual concordo plenamente. Estou farto de ler artigos de pessoas a falar do axl em que apenas se limitam a seguir as ideias de muitos criticos dizendo assim que sao grandes criticos musicais. É mais do que normal que o Axl nao se encontre com a mesma forma de a 18 anos quando nos presentiaram, o instrumento vocal é muito frágil que com o passar dos anos se vai detreorando. Contudo a mente de Axl continua polemica, o que o continua a tornar numa estrela brilhante. Com conhecimento de causa afirmo que o concerto foi magistral, Sebastian bach esteve em grande na sua primeira aparição perante o povo lusitano. Para a grande noite ser perfeita faltava uma actuação deslumbrante dos GNR o que sucedeu, Axl mostrou que ainda possui uma voz caracteristica e poderosa, interpretou os grandes clássicos da banda eximiamente. Foi assim passada uma noite fantástica de puro rock que só apenas quem presenciou sabe o que sentiu. Contudo, apenas penso que o alinhamento nao foi bem destribuido. tirando isso ..... amazing. P.S. D
    j ASHBAD mostrou que é um grande substituto do SLASH. GUNS N´FUCKIN ROSES \m/

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  2. Muito obrigado :) Também concordo com o facto do alinhamento não ter sido jogado da melhor forma. Exemplo disso foi a Welcome To The Jungle, tocada imediatamente após a abertura do concerto. De resto, foi sem dúvida uma noite excepcional!

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